sábado, 9 de fevereiro de 2008

E agora PSDB/DEM...Bateu no super Serra...Vamos fazer uma CPI?

Como em todo lugar: pimenta nos olhos dos outros é refresco e tem sido assim com o PSDB/DEM. Reunido com setores dos grandes capitais e da grande midia o PSDB/DEM vem atacando sistematicamente o PT. Transformam qualquer coisa em um escandalo nacional. Foi assim com os jardins do palacio cuidados pela Dona Marisa, Com os três ou quatro casos de febre amarela, que eles transformaram em uma epidemia nacional, levando homens, mulheres e crianças de todo o Brasil, a vacinação em massa. E vai continuar a ser assim.Pois esxiste um rancor e preconceito muito grande contra o PT. Eles esqueçeram que são governos em muitos municipios, estados e que já foram governo por oito anos, ou melhor, desde a época de Cabral. Tentam pousar no Congresso como os grandes moralizadores do Brasil. Que bom se fosse verdade, ganharia a nação.
Mas cabe a população abrir os olhos e não se enganar. Eu chamo a atenção para os episódios dos cartões corporativos criados no governo do PSDB/DEM e que viraram um escandalo nacional como se fossem coisas do PT. Quando é no governo do PSDB/DEM, do Serra, em São Paulo, seus cartões são corporativos, são apenas cartões, são diferentes. Segundo eles como não são corporativos (são apenas cartões)(tem diferença?) então não precisa CPI, mas no Governo do Lula, do PT, tem de ter CPI, afinal, são cartões corporativos. Que coisa!
O PT concorda com CPI e pediu a seu Lider do Governo, no Senado, que faça uma CPI e investigue os cartões corporativos, desde a sua criação. O PT não quer ter duvidas e se houver irregularidade que se puna os responsaveis. Isto é uma questão de respeito com a sociedade e com o dinheiro publico. No governo do presidente lula tudo será investigado, pela oposição e também pela situação, como sempre se fez. Basta lembrar que todas as denuncias contra o Governo Federal, tiveram ampla cobertura da imprensa e muita investigação no Congresso, Policia e na Justiça. Sempre que se provou que existia corrupção, se prendeu os corruptos, assim como a Policia Federal, que é comandada pelo Governo Federal, continua a prender corruptos pelo brasil afora, como jamais se preendeu. Se houver problemas no cartão corporativo do Governo Federal a sociedade saberá e os culpados serão responsabilizados.
Já no PSDB/DEM não será assim, para eles não pode ser assim. Em São Paulo, no Governo do Serra, não querem CPI para investigar os cartões corporativos (que aliás eles nem querem chamar de cartão corporativos). O PT pediu uma CPI na Assembléia e o PSDB/DEM não quer sobre hipotese alguma. Que feio senhores...Não explicar porque os gastos dos cartões subiram de 5,4 milhões para mais de 100 milhões...Que feio...
Mas tem muito mais e eu aconselho a lerem o site: http://www.conversa-afiada.ig.com/ do jornalista Paulo Henrique Amorim, pois a coisa é muita feia para a "Tapioca" do Serra. Será que o PSDB/DEM deixa sair uma CPIzinha?

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

PT se solidariza com Matilde e destaca sua competencia

Leia nota do PT, assinada pelo presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini, em solidariedade à ministra Matilde Ribeiro, que pediu demissão da Seppir nesta sexta-feira (1º):
O Partido dos Trabalhadores se solidariza com a ministra Matilde Ribeiro e lamenta sua saída da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), pasta que comandou com dignidade e competência desde o início do primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em sua gestão, foi dada especial atenção a um grupo de brasileiros historicamente relegados ao esquecimento: os descendentes de escravos moradores de áreas quilombolas, comunidades existentes em várias regiões do país e que somam 1,7 milhão de habitantes. A partir de uma série de políticas públicas articuladas pela Seppir, estes brasileiros passaram a ter direito à terra, à saúde, à educação e à energia elétrica.

Entre outras ações, Matilde Ribeiro também tem se destacado pela defesa das cotas para negros e índios nas universidades brasileiras, que permitiram, nos últimos cinco anos, o acesso de 40 mil pessoas ao ensino superior.

Contra tais políticas tem se insurgido, desde o início, a intolerância secular que domina parcela da sociedade brasileira. As eventuais irregularidades cometidas no uso do cartão corporativo – que devem ser apuradas pelos órgãos de controle, com as medidas cabíveis ao final da investigação – motivaram ataques e insinuações em tom abertamente preconceituoso, não só contra a ministra, mas contra a própria existência da Seppir.

O PT repudia esse tipo de ataque, lembrando que, entre as muitas conquistas do governo Lula, a Secretaria se constitui em marco fundamental no processo de afirmação da cidadania do povo negro brasileiro.

Acompanhamos com tranqüilidade a investigação em curso, na certeza de que o resultado, qualquer que seja, não será suficiente para macular a seriedade do trabalho de Matilde Ribeiro à frente da Secretaria nem sua trajetória de luta militante pela igualdade racial.

O PT tem a convicção de que o governo do companheiro Lula dará continuidade às políticas desenvolvidas pela Seppir.

Ricardo Berzoini
Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores
LANACION.com | Política | Miércoles 6 de febrero de 2008

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

IVETE SANGALO BEIJA APRESENTADOR


Mais carnaval da Bahia! A cantora Ivete sangalo beijou apresentador da rede bandeirantes.

IMAGENS CARNAVAL DA BAHIA








Feriado de Carnaval

Queria parabenizar a todos aqueles, que assim como eu, estão trabalhando no dia de hoje (segunda feira, dia 04 de fevereiro, carnaval), mas especialmente salientar uma atitude que as vezes nos parece ser natural ou normal, o fato de um Prefeito estar trabalhando hoje, durante todo o dia, no atendimento a população, em Agenda Cidadã, mesmo sendo ponto facultativo. Falo do Prefeito Valdeci de Oliveira da nossa querida Santa Maria que está no Centro Administrativo desde as sete e trinta atendendo a quem for a prefeitura. Sempre é bom salientar estas coisas afinal de contas vivemos em uma época em que só se fala mal dos politicos e mostrar o lado bom também é necessario. Bons exemplos são importantes afinal o mundo é feito de exemplos. Parabéns, Prefeito Valdeci de Oliveira.

Sobre o Blog

Criar um Blog, me parece estar na pauta de quem pensa algo e não se sente a vontade para dizer em qualquer lugar, ou a qualquer pessoa, tem vontade de escrever, ou simplesmente tem vontade de ter um Blog e pronto. Eu me incluo entre os ultimos, tenho vontade de ter um Blog e pronto, portanto vou ter um e me ature quem quiser, afinal estes são os beneficios da internet, lemos aquilo que nos interessa. Se por ventura o que escrevo interessar a alguém melhor mas se não interessar eu ao menos fiz o que me deu vontade. Este Blog será feito assim. Escreve ou posta-se o que me for interessante e que me der vontade e seja o que Deus quizer.

Comecei por Tabacaria, de Alvaro Campos, porque gosto muito desta poesia, mas vou escrever sobre comida, politica, vida, futebol ...talvez (quando Gremio estiver bem), uma diversidade de assuntos e interesses. Vamos ver o que vai sair.

TABACARIA
(15.01.1928)
Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres
Com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens.
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira.
Em que hei de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu ,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo.
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando.
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
0 mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num paço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
0 seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena; Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, sem rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu, que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -,
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei, e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.

Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
0 dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-te como coisa que eu fizesse
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra, Sempre uma coisa tão inútil como a outra ,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma conseqüência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou á janela.
0 homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(0 Dono da Tabacaria chegou á porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da tabacaria sorriu.